O Tibete, chamado de “teto do mundo”, é um lugar único e misterioso que ao longo dos séculos atraiu viajantes, peregrinos e aventureiros. Muitas pessoas erroneamente acreditam que, ao cruzar a fronteira do Tibete, alcançarão imediatamente a iluminação espiritual. No entanto, Shambala é um conceito espiritual, inacessível à percepção física, e a iluminação só pode ser atingida por meio de um longo processo de crescimento espiritual, acumulação de méritos ao longo de muitas vidas ou grandes feitos místicos, como fez Milarepa. Não se deve esperar milagres a cada passo, mas a própria jornada pode se tornar o primeiro passo rumo ao eterno e ao sublime.
*Atenção: nossa empresa não atua na compra e venda de passagens aéreas nem na emissão de vistos, portanto não se responsabiliza por imprevistos relacionados a voos e passagem de fronteiras.
Informações importantes:
- O horário de check-in e check-out é regulamentado pelo hotel: check-in a partir das 15h, check-out até 11-12h. A bagagem pode ser deixada na recepção do hotel para passeios pela cidade ou, se houver possibilidade técnica, é possível pagar um adicional para check-in antecipado ou check-out tardio.
- No Nepal, existem algumas dificuldades na troca de notas pequenas, gastas ou antigas (emitidas antes de 2009), portanto, tenha isso em mente. Em alguns lugares, há cobrança de taxa extra, em outros, a troca pode ser recusada.
A circumambulação ao redor do Monte Kailash é um ritual de purificação do karma, libertando-se da raiva, das paixões e da ignorância – obstáculos no caminho para o nirvana. Se você é atraído pela magia e pelo mistério do Tibete e não teme dificuldades, esta viagem é para você. Ela começará em Lhasa – o coração do Tibete, com visitas aos mosteiros e ao Palácio Potala, e a primeira circumambulação ritual ao redor do Templo Jokhang. Em seguida, o itinerário inclui visitas aos mosteiros do Tibete Central e Ocidental e aos lagos sagrados Manasarovar e Rakshastal. O objetivo principal da viagem será a circumambulação de 53 km ao redor do Kailash – o mítico centro do Universo e a fonte dos maiores rios. O percurso leva ao passo Dolma La, localizado a mais de 5 600 metros de altitude. O Monte Kailash é venerado como um cume sagrado por seguidores de quatro religiões: os budistas consideram-no a morada de Demchok, os hindus – o trono de Shiva, os jainistas associam-no à libertação de Jina Mahavira, e os seguidores da religião Bön – ao fundador Tongba Sherab. Diz-se que circunambular o Kailash purifica o karma e aproxima do despertar espiritual.
A expedição ao Tibete oferece não apenas a oportunidade de tocar o sagrado, mas também de se conhecer mais profundamente. O lema dessa viagem são as palavras do Dalai Lama: “Tenho esta preciosa vida, e não vou desperdiçá-la”.
Sua jornada ocorrerá em altitudes de 3 750 m a 5 669 m, exigindo do corpo uma adaptação especial. A aclimatação em altitude é um dos fatores-chave para o sucesso do percurso. Para garanti-la, o programa inclui subidas graduais, dias de descanso e caminhadas de aclimatação. Para minimizar o desconforto, recomendamos:
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Beber bastante água para prevenir desidratação
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Evitar alimentos pesados e álcool
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Preparar um kit pessoal de primeiros socorros, incluindo medicamentos para mal da altitude (como acetazolamida), analgésicos, remédios para distúrbios gastrointestinais e outras condições crônicas (mais detalhes em nosso artigo sobre medicamentos para altitude)
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Realizar um check-up antes da viagem para garantir a saúde adequada
O melhor período para viajar é de abril a outubro. Durante esse tempo, o clima é relativamente estável, embora ainda possa ser imprevisível. No passo Dolma La, pode nevar mesmo no verão, e as noites em altitude costumam ter temperaturas até -10°C. Em Lhasa e Katmandu, o clima é quente e confortável, mas à medida que se aproxima do Kailash, as temperaturas caem. Os participantes devem estar preparados para variações de temperatura e considerar que a radiação solar em altitude é significativamente mais intensa. Protetor solar, óculos de sol e chapéu são equipamentos obrigatórios.
Ao longo do percurso, os participantes se alimentarão em tavernas tibetanas, pequenos cafés e abrigos. A culinária tibetana tradicional inclui sopas com macarrão – thukpa, pão tsampa, bem como pratos simples de arroz e vegetais. Para tornar sua viagem o mais confortável possível, recomendamos levar seus próprios lanches. Atenção especial deve ser dada à água: em grandes altitudes, água potável pode não estar disponível, portanto, recomenda-se trazer filtros ou comprimidos purificadores.
Sobre o aspecto espiritual da viagem: a expedição ao Kailash não é apenas uma jornada física, mas também espiritual. Para muitos, é uma oportunidade de se aproximar do entendimento de si mesmos, de seus objetivos e do mundo interior. Realizar a circumambulação não é apenas contornar a montanha fisicamente, é um profundo ritual de purificação do karma e superação de limitações internas. Os budistas tibetanos dizem: “Cada passo no caminho para o Kailash é um passo em direção ao nirvana”. Prepare-se para essa experiência, deixando para trás as preocupações diárias e abrindo-se para o novo.
Esta viagem ao Kailash não é apenas um desafio físico, mas uma profunda experiência espiritual que pode transformar sua percepção da vida. Exige preparação, mas em troca proporciona memórias inesquecíveis e a oportunidade de se aproximar das verdades eternas.
Dia 1. Você chega a Catmandu, a capital do Nepal, uma cidade que parece unir passado e presente. Você será recebido por cores vibrantes, aromas de especiarias e sons de orações vindos dos antigos templos. Os majestosos Himalaias observam de cima, lembrando que a grande aventura está apenas começando. Após o voo, você será levado a um hotel aconchegante no centro de Thamel – o coração histórico e cultural da cidade. Cada canto está cheio de vida: mercados movimentados, sorrisos de habitantes locais, ruas silenciosas com casas centenárias. Neste dia, caminharemos pelas antigas ruas de Catmandu, absorvendo sua atmosfera e nos preparando para mergulhar no mundo da Ásia. Depois do voo, haverá tempo suficiente para descansar e recuperar energia para a viagem que se inicia. À noite, reunião de todo o grupo, apresentação entre os participantes e o guia, jantar. Noite no hotel.
Dia 2. Catmandu revela seus segredos – o dia começa com uma visita à estupa Swayambhu, que se ergue sobre a cidade como um farol espiritual. Subiremos os 365 degraus para encontrar o nascer do sol, onde os telhados vermelhos se confundem com o horizonte. A próxima parada será o templo Pashupatinath – um dos locais mais sagrados do hinduísmo. Ali, o rio Bagmati corre aos pés das chamas sagradas onde antigos rituais são realizados. Esta cena, cheia de misticismo, nos faz refletir sobre o ciclo da vida e da morte, o eterno e o transitório. Encerramos o dia no bairro Boudhanath, onde a estupa adornada com os olhos de Buda parece vigiar o mundo, proporcionando a cada peregrino uma sensação de paz e equilíbrio espiritual. À noite, jantar em um restaurante tradicional, onde, como velhos amigos, compartilharemos expectativas e sonhos sobre a jornada. Noite no hotel.
Dia 3. A manhã de Catmandu nos recebe com o burburinho dos bazares. Visitaremos Thamel – onde a Ásia ganha vida em sons, cores e aromas. Aqui se encontra de tudo: desde tapetes de lã coloridos até relíquias tibetanas únicas. Para quem já estiver totalmente equipado, sugerimos uma excursão a Patan – uma cidade-museu a céu aberto. Entre templos antigos e construções de madeira entalhada, é possível sentir-se um viajante no tempo. A Praça Durbar em Patan parece uma página viva de um livro de lendas, e um encontro com a Deusa Viva Kumari, se tivermos sorte, será inesquecível. Noite no hotel.
Dia 4. Após o café da manhã, traslado para o aeroporto e voo para Lhasa – como portas para outro mundo. Da janela do avião, os Himalaias parecem guardiões antigos protegendo esta terra sagrada. Ao aterrissar, você será envolvido por aromas de incenso e a frescura das montanhas. Lhasa não é apenas uma cidade, é o coração do Tibete, sua alma. No primeiro dia, visitaremos o bairro antigo Barkhor. Ruas estreitas, lojas coloridas e o antigo templo Jokhang criam a sensação de ter entrado em uma antiga lenda. Fazendo a kora – circumambulação ritual ao redor do templo – você se sentirá parte do fluxo de peregrinos em busca de purificação espiritual.
Dia 5. Lhasa revela seus maiores tesouros. Visitaremos o Palácio Potala – que parece flutuar sobre a Colina Vermelha. Esta residência do Dalai Lama, erguida sobre a cidade, lembra o poder espiritual e a grandiosidade do Tibete. Entre joias, relíquias sagradas e estátuas douradas, o tempo parece perder significado. Em seguida, visitaremos os mosteiros Drepung e Sera. Em um deles, veremos monges discutindo textos sagrados – um ritual fascinante, cheio de energia e profundidade. O dia termina com a visita ao templo Jokhang e sua relíquia sagrada – a estátua de Buda Shakyamuni adornada com pedras preciosas. Noite no hotel.
Dia 6. Começaremos a manhã com a visita ao templo Ramoche, onde está a estátua de Buda Maitreya – símbolo de esperança e futuro. Participaremos do culto matinal, onde os sons dos mantras penetram no coração, trazendo paz. Após o café da manhã, o dia é livre para passeios pelo bairro tibetano, compras de souvenirs ou relaxar em uma casa de chá com uma xícara de chá masala – um dia para sentir o ritmo de Lhasa. Noite no hotel.
Dia 7. Partimos de Lhasa em direção a Shigatse, seguindo estradas sinuosas ao longo do rio Brahmaputra. Pelas janelas, paisagens deslumbrantes: picos nevados, planícies intermináveis e antigas aldeias tibetanas. Em Shigatse, visitaremos o mosteiro Tashilhunpo – lar do espírito do Panchen Lama. O templo Jampa abriga a gigantesca estátua dourada de Buda do Futuro, transportando cada passo a um mundo de fé e magia. Noite no hotel.
Dia 8. Hoje seguimos para Saga, atravessando altos planaltos e vales desérticos. O mosteiro Sakya será nossa principal parada: suas paredes cinza-avermelhadas se confundem com as montanhas, abrigando relíquias do budismo tibetano. Sakya é centro da escola Sakya, com foco em filosofia, rituais e práticas únicas. Noite no hotel.
Dia 9. Partida em direção ao sagrado Lago Manasarovar. A estrada é um caleidoscópio de paisagens: picos nevados, dunas, pastagens com iaques e planícies de alta altitude. No passo Mayum La (5 211 m), sentimos a proximidade do céu, com o ar fresco das montanhas despertando força interior. Adiante, o primeiro encontro com o Monte Kailash, majestoso e sagrado. Seu pico branco inspira reverência e admiração. Seguimos para o Lago Manasarovar, cujas águas refletem as montanhas como um espelho. Este local, considerado morada dos deuses, simboliza pureza. Pernoite em Darchen, aos pés da montanha sagrada. Noite no hotel.
Dia 10. Dia dedicado aos lagos sagrados do Tibete. Primeiro, visitaremos o misterioso Lago Rakshastal. Suas águas estéreis evocam reflexão sobre opostos, vizinho do Lago Manasarovar – o lago da vida. Em seguida, seguimos para Manasarovar, cujas águas esmeralda, cercadas pelos Himalaias, parecem portar a outro mundo. Visitaremos o mosteiro Chiu, acima da caverna de Padmasambhava – grande iogue. Entre antigas paredes, sentiremos a energia que permeia o local. Retornamos a Darchen para descanso e preparação para a kora ao redor do Monte Kailash. Noite no hotel.
Dia 11. Início da kora ao redor do Monte Kailash. Partimos de Darchen, caminhando pela deslumbrante vale de Shershong. Montanhas deuses – Amitayus, Chenrezig, Vajrapani – parecem nos proteger. Primeira parada: mosteiro Dirapuk, com vista para a face norte do Kailash, conhecida como “espelho”. O trecho inspira profunda reverência à força da natureza. Pernoite em uma simples e atmosférica pousada, onde a simplicidade reforça a grandiosidade da paisagem. Noite na pousada.
Dia 12. Dia principal da kora. Partimos para o passo Dolma La – ponto mais alto da rota (5 669 m). Cada passo é um desafio e, simultaneamente, purificação espiritual. Bandeiras de oração ao vento simbolizam bênçãos e realização de desejos. Peregrinos deixam objetos antigos para se libertar do passado e iniciar novo ciclo. Descemos para o vale com vistas espetaculares da Face Norte do Kailash. Pernoite no mosteiro Zutulpuk, sobre a caverna de Milarepa – lendário iogue, exemplo de iluminação. Noite no mosteiro.
Dia 13. Etapa final da kora – retorno a Darchen. Trecho menos exigente, mas ainda cativante. Caminhamos ao longo do rio, por desfiladeiros e planícies com vistas do Gurla Mandhatu – pico guardião do Kailash. Retorno a Darchen simboliza a conclusão da jornada – externa e interna. Após o almoço, seguimos para Saga, pernoite em pousada, refletindo sobre a jornada. Noite na pousada.
Dia 14. Traslado de Saga a Kyirong – aldeia na fronteira com o Nepal. Alta montanha dá lugar a planaltos verdes e vales, com picos mais baixos. Kyirong nos recebe com aroma de pinheiros e ar fresco. Após dias acima de 4 000 m, a respiração é mais fácil, o corpo revive. Tarde de paz e silêncio. Noite no hotel.
Dia 15. Cruzamos a fronteira e retornamos a Catmandu. Estradas pelos desfiladeiros do Himalaia, pontes sobre rios turbulentos, campos de arroz em terraços cultivados por aldeões. Catmandu nos recebe novamente com cores, sons e aromas. Agora, a cidade parece familiar e acolhedora. Noite no hotel.
Dia 16. Dia final da viagem. Aproveite para passear pelas ruas de Catmandu, visitar lojas de souvenirs e concluir compras pendentes. À noite, traslado ao aeroporto, levando consigo lembranças e memórias preciosas. O Monte Kailash, os passos de alta altitude, os antigos mosteiros e lagos sagrados permanecerão no coração como história vivida conosco. Voo de retorno para casa.